29 de outubro de 2010

nenhuma verdade me machuca


Hoje eu acordei diferente, meu cabelo amanheceu comportado, minha barba foi feita, dormi o tanto que eu pude, aquelas pilhas de livros já não me assustam, o tédio cada vez mais é meu parceiro. Tenho medo disso, tudo fluindo perfeitamente bem e eu não consigo sentir isso. Meu coração está ausente de tudo, já não sinto, já não sei se quero sentir.
Doce e suave anestesia que percorre minha carne e adormece minha alma, já não sinto mais os arrepios das madrugadas de insônia, nem tampouco o frio das lágrimas que percorrem sem mais me interessar. Essa monotonia me dava medo, mas agora, me é indiferente. Já sou o mesmo há tanto tempo, que nauseio os mais próximos... Estou desligado de tudo e de todos. Não estou bem, não estou mal, estou no estado em que tudo é normal, no qual eu posso perceber oq eu realmente me faz feliz. Esta é minha vez, já não quero mais ninguém, não quero sentir mais nada... quero apenas deitar sob meus edredons e em meio a essa loucura toda, poder dizer que essa solidão é tudo que eu mais preciso, ou talvez tentar me convencer disso.

25 de outubro de 2010

15 de outubro de 2010

Os olhos mentem dia e noite, a dor da gente...

Lutar em segredo, fechado no quarto, sem que ninguém saiba. Para os outros, mostrar só o melhor de si, a face mais luminosa.
Caio Fernando Abreu

12 de outubro de 2010

des mots de tous les jours, et ça me fait quelque chose

Palavras, palavras, palavras... as vezes são apenas palavras, as vezes são tudo. Acredite a palavra tem poder. Sinto a brisa tocar minha face numa manhã nebulosa. Meu cachecol, no pescoço, está inquieto, meu coração está mais. As vezes me pego peAdicionar vídeonsando no que você estará fazendo agora? Em quem estará pensando? A única certeza que tenho é de que não é em mim. Sinceramente, acho que este barco já está furado há muito tempo, de pés molhados e não queria enxergar. Ainda há tempo, maré baixa, abandonemos o navio.
Queria poder responder àqueles que me perguntam como estou, eu sinceramente naõ sei. Um misto de alivio, satisfação e dor. Mas quer saber? Toque seu som mais alto, sirva mais uma dose desse liquido amargo, vestirei minha melhor roupa (comparei uma se preciso) dançarei na noite mais escura, sob o som dessa música que eu nunca ouvi, dançarei sobre você. Ah, parece que meu sapato é maior que seu scarpin.
Não me fará chorar, não adianta, você não conseguirá isso. Eis que transbordo mais palavras... palavras estas que são necessárias lagrimas de um menino grande que não chora.

4 de outubro de 2010

a falta que me faz o que não senti...



Tenho saudades daquilo que nunca vivi. Me faz muita falta aquelas mensagens que nunca recebi, daqueles textos que tive tanta vergonha em te mostrar. Tenho Saudades de ter visto sua cara de surpresa.
Sinto muita falta daquele amor avassalador que nunca vivi, daquelas loucuras de apaixonados, daquele sentimento recíproco que não conheci.
Saboreio com fervor todas aquelas gargalhadas que eu nunca dei, com aqueles amigos que nunca existiram. Me comovo toda vez que me lembro daquelas lágrimas que nunca derramei, que tive medo.
E aqueles passeios que nunca dei? Bons tempos.
Doce, e ingênuo beijo que nunca dei... Longas horas sem dizer nada, apenas deitado no colo de uma amizade sincera, sentindo-me seguro.
Meus livros preferidos são aqueles que nunca li.
Sofro por amores que nunca vivi.
Talvez um dia eu possa viver tudo o que vivo em meus devaneios sóbrios.
Sou tão errado assim por sentir saudades da felicidade que nunca conheci?