24 de outubro de 2012

Máscaras não sorriem

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Devia me respeitar assim como eu te respeito. não brinque assim mais. não sou mais como antes.

E depois de tudo, o fim é esse. Morno, amargo, incoerente. Um fim pequeno demais para todo o meio.  Todo o começo. Todo riso. Todo pranto. É como se fosse pra mim, muito mais importante do que é pra você. Do que foi pra você. Talvez, eu sempre estive perto de ti, sem você nunca estar perto de mim. E depois de chorar no seu colo tantas vezes por causa de tantas pessoas que foram embora, agora é você que me deixa. Você me deixa sabendo exatamente como eu ficarei. Com a diferença de que agora, eu terei que suportar só. Dolorosamente só. 
Chega uma hora que cansa ver todos que você ama se afastarem. O que tem de tão em errado em mim? Por que diabos todas as pessoas insistem em me cativar e depois me esquecer? Talvez estejam certas. Quem dera eu poder me abandonar.
Espero que consigas ser feliz. Não que minha falta lhe faça diferença, longe disso. Mas nesse seu sadomasoquismo doentio que você chama de vida é preciso muito esforço para conseguir sorrir de bem consigo mesmo. Lembre-se: máscaras não sorriem. 

Por favor, se a ideia de me abandonar já te passou à cabeça, imploro que não me catives. Sou daqueles garotos que já leram O Pequeno Príncipe e acreditam no eternamente.

11 de outubro de 2012

Veracidade

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Em seus olhos eu vejo
a agitação da Rua Augusta
em uma noite 
de sábado
com luzes e bebidas
e faço questão
de
só voltar
ao amanhecer.

5 de outubro de 2012

Ao meu travesseiro

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Nada se ouve além do assobio do silêncio e vez ou outra, o barulho dos meus movimentos na cama, ou talvez minha respiração tristonha. Se pudessem ouvir dentro de mim, a cidade não dormiria. No meu peito a dor de uma metade. Na minha mente um caos de medos, dúvidas, indagações, incertezas e essa saudade de você. Essa maldita saudade do que nunca se teve. As luzes estão apagadas para que ninguém veja meus olhos vermelhos, nem meus cílios molhados. Todos acham que meu riso se mantém no escuro, mas só eu sei quantas luzes já apaguei para que ninguém veja meu pranto. Ouço nos fones de ouvido aquela mesma música que você me mandou. Sinto seu cheiro nela. Mas você não está aqui. Abraço meu travesseiro com tanta devoção que um dia ele ainda vai se tornar você enquanto eu durmo. Nesse dia eu acordarei e te encontrarei olhando meu rosto velando meu sono. Ouvirei um bom-dia com um sorriso bobo, talvez eu vire o rosto como quem quer continuar dormindo, mas não se engane, eu só quero que você me dê um beijinho manhoso, me faça  cócegas e se aconchegue nos meus braços para sentirmos nossas peles nuas se tocarem, se conectarem, se amarem. Só então poderei dizer: Eu te amo.