31 de outubro de 2011

Ninguém vai nos separar uma ova...

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"Sou sua de corpo e alma". Você lembra que você de quando você era minha de corpo e alma? Agora você simplesmente acha que pode ser de outro.Não lembro de ter te devolvido. Você sabia que não é educado dar algo e pegar de volta?
Malditas sejam as palavras... Aliás, não acho certo generalizar. Malditas sejam as SUAS palavras. Palavras frias. Palavras falsas. Palavras vazias. Palavras sofrimentadoras.
Não se mente assim, não. Não está certo dizer que ama sem nem saber o que é amor. VOCÊ NÃO SABE COMO É AMAR. Acredito que seja por que você não seja digna disso.
Na minha cabeça suas palavras dançam, numa confusão de memórias ruins e noites frias e maquiagem borrada. Eu me sentia único, especial, hoje, sou só mais um. Só mais um idiota que acreditou que você tinha coração.
E depois você vem me dizer que eu sou seu amigo e que eu sou importante. Não quero uma amizade como premio de consolação pro perdedor. Não saio do pódio com orgulho de uma medalha de prata.
Um sentimento tão grande que você dizia ter não pode simplesmente sumir e aparecer em outra pessoa. Isso não é amor. É atraçãozinha.... Eu fui só uma atraçãozinha. É foda saber disso.
Vai lá. Vai fazer parte de outra história. Dançar loucamente em boates com outro. Vai fingir que se importa com os sentimentos de mais um babaca.
Mas quer saber de uma coisa? pode ficar... Um dia você não vai me fazer falta. Um dia seu nome vai ser como o dos outros.Um dia eu vou ser feliz, eu prometo. 

25 de outubro de 2011

Pelos que não creem, eu estou aqui.

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"Um amigo meu, que se dizia ateu, nas noites de tormenta desafiava Deus, gritava para as nuvens, provocando o raio. Deus é tão poderoso que está presente até nos pensamentos dos que dizem não acreditar na sua existência. Nunca encontrei um ateu sereno. Eles se preocupam tanto com Deus como o melhor dos deístas.

O argumento mais fraco que tenho contra o ateísmo é que ele é absolutamente inútil e estéril; não constrói nada, não explica nada, não leva a coisa nenhuma."

(Olhai os lírios do Campo - Erico Verissimo)

14 de outubro de 2011

Grito

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Olheiras. O estranho gosto de café. Cabelos desfeitos. A madrugada.  Um pequeno livro amarelado. Mofado. Mentiras. Um monte de mentiras mal contadas. Mentiras veladas. Mentiras que são claras, mas que é preferível acreditar. A mentira que cobre a indecência, o vulgar, o ruim. Mentiras necessárias. Depois o sabor das lágrimas. E principalmente, a vontade de gritar. De libertar tudo o que se explode dentro de um corpo frágil e impuro, e imoral, e nojento e anormal. Um grito entre lágrimas. O grito carente. Aquele que só quer ser mais um. Ah, essa maldita vontade de gritar, e depois voltar no tempo. O peito dói. O suor das mãos e as dores nas costas. Perguntas. Sofrimentos. A dor de um grito contido. A dor da máscara mal colocada. A Repulsa dos lábios. Dos corpos. A inquietação. Os olhares disfarçados. Omitidos. Sufocados. Asfixiados. Doídos. E na madrugada, numa sala escura e vazia, ele brinca com a verdade, a verdade suja, a verdade errada, a verdade que se finge não ver, a verdade que ele quer que não vejam, e a verdade dolorosa, a verdade escondida. A única verdade que o faz realmente feliz... 
Olheiras, O estranho gosto de café. Cabelos desfeitos.O sol começa a nascer.

11 de outubro de 2011

O garoto mais esquecível do mundo

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Uma vez você falou
Que era meu o seu amor
Que ninguém ia separar
Você de mim
(Isabella Taviani)


É um dom ser esquecível? Ou será um super poder que só eu tenho?
Hoje quando acordei senti que algo tinha mudado, não digo que não parei de pensar no que você me fez, mas eu sentia... Hoje é o dia-depois, aquele dia que você não teve muito tempo pra pensar sobre o assunto, e que de repente você se pega ouvindo músicas deprimentes, seus olhos lacrimejam, e o que você mais quer é ficar sozinho, abraçar qualquer travesseiro, e parar de sentir essa coisa estranha no coração. É estranho como um simples subir-de-escada-rolante tem sua marca, sua história. É impossível não lembrar de você, das suas palavras doces, do seu sotaquezinho engraçado, das suas mechas loiras que te davam uma "atitude", de como você falava que me amava, que eu era tudo pra você e que estaríamos juntos pelo resto da vida. De repente, você me diz que apareceu outro em sua vida. Lembra quando eu te disse que tinha medo desse negocio de amor? Era disso que eu tava falando. Eu deveria ter deixado claro, que na verdade eu tenho medo desse pós-amor, esse momento em que sua presença nos meus pensamentos incomoda. 
Você se preocupou tanto em dizer que não me amava mais de uma forma sutil, de um jeito que eu não me machucasse, mas sabe? Esse é o tipo de coisa que foi criado para machucar, pra quebrar coração. Você poderia ter poupado todas essas palavras doces pro seu novo amor, que nem o nome eu sou digno de saber... E sabe o que é mais engraçado? que mesmo depois de tudo, eu te vejo feliz,  sorridente... Ai eu me pego pensando que talvez, o problema seja comigo, e que eu não sabia como te fazer feliz de verdade, e só o fato de ter uma "desculpa" para me largar de deixou tão bem... Talvez, eu não sirva pra isso mesmo, esse negocio de fazer os outros felizes... talvez eu não sirva pra te fazer feliz, não sirva fazer ninguém feliz, nem a mim mesmo... 
Por outro lado, imagino que todo aquele amor era um punhado de palavras bem feitas com propósito de enlaçar meus sentimentos, afinal, é estranho ver que de um dia pro outro, eu não sou mais nada pra você, ver que eu simplesmente fui esquecido... Se bem, que ainda estamos falando de mim, o garoto mais esquecível do mundo... 

5 de outubro de 2011

O eu que não é Arte

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Sinto fome de arte
Tire o vento do meu peito para que caiba mais Arte
Eu não preciso de todo esse carbono e amoníaco
EU
PRECISO
DE
MAIS
ARTE

Tire o sangue das minhas veias
quero que agora o Teatro me transcorra
Tire os olhos da minha face. Coma-os.
Sem eles, passo a ser guiado apenas pela minha Arte.

Troco minhas costelas por sonetos.

Sinto meu corpo pesado,
tantos órgãos inúteis dentro de mim,
nenhum deles é Arte
Tudo pesa,
tudo me nauseia.

Quero vomitar meu pâncreas, meu fígado e meus rins.
Quero carregar dentro dessa minha carcaça 
apenas a dor da minha Arte.
Tudo que for eu e não for Arte,
eu quero que morra
apodreça
se decomponha.

E que quando eu estiver morto
quero que meu corpo 
não seja apenas carniça,
mas sim, o mais perfeito
Templo da Arte.