15 de setembro de 2010

você me disse que seria pra sempre... eu acreditei.

To com medo. Tenho frio. Grrr... minhas pálpebras pesam, meu nariz está entupido, meus olhos incrivelmente inchados. Estou vestindo aquela camiseta de gola folgada que você tantas vezes já viu quando dormiu ao meu lado. Sentado no sofá da sala olho estaticamente para a janela de vidro com gotas de chuva. Sinto as lágrimas correndo, e vez ou outra levo minhas mãos ao rosto para limpá-las. Na minha boca, o gosto da falta de seus beijos. O gosto de jejum. Meus pés descalços pisam no sofá e eu abraço meus joelhos. Vejo a bagunça ao meu redor. Por que você não está aqui? Na minha mente passa tudo o que eu quero te dizer. Quero dizer que te quero mais perto. Te necessito.
As vezes sinto uma vontade de te esquecer, de nunca ter te conhecido, de matar tudo o que existe de você dentro de mim. Mas eu não consigo, me dói essa distância, porém me dói mais pensar em te perder, em nunca mais ouvir sua risada, eu nunca mais te ter em meus braços e morder sua orelha enquanto vc se contorce... A chuva parou. A Vidraça continua respingada. Minha face encharcada. Parou de chover lá fora, mas ainda chove aqui dentro. Fecho os olhos, te trago pra perto de mim. abraço uma almofada, você está aqui. Morda meu pescoço, me protege deste frio, o vapor da sua boca. o arranhar de suas unhas cumpridas e bem feitas. Espero que você chegue aqui antes que eu possa abrir os olhos.

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