28 de setembro de 2010

fodam-se seus pudores

Aquela mulher é exemplar, o sua vida de castidade e negação é louvável, sua saia cobre seus tornozelos, pernas e também a cinta-liga que usa, quando sozinha, não precisa ser nada a ninguém, pode ser quem ela realmente é, e geme solitária entre as quatro paredes de seu quarto.
Ah, maldito seja todo o pudor que houver no mundo, estou farto de tantos "não pode", "é inadequado"... quando é que se entenderá que o mundo está ai pra ser explorado livre de censuras e privações? Todos estamos na busca do prazer, somos animais que almejam a reprodução, somos carne prenhe de desejos. Rostos passam em nossas vidas despercebidos, escondem suas podridões e oferecem para que a comamos. Quero devorar sua verdade, sua essência nua e crua, gritar com o maior tom que a garganta puder suportar. Não ter medo, ou pudor algum, dizer o que deve ser dito, o que precisa ser dito.
Pobres homens, presos em pântanos de ignorância e malícia, vendo maldade em cada gesto alheio, talvez porque esteja tudo muito comprimido dentro de si.
Julgue-me imoral, julgue-me indecente, depravado, enquanto eu rio do amontoado de luxúria que acreditas que pode encobrir...
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Tolos homens e seus pudores.

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