10 de maio de 2011

acostumei-me a não ser feliz

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Acostumei-me a não ser feliz, acostumei-me a aceitar ver outros sorrisos e não sorrir junto. Se alguém acena na rua, dou um passo para a direita, posso estar na frente de alguém. Não há nada a ser feito, nascido para a infelicidade, coleciono destroços de corações rotos. Se ela sorri, obviamente não é para mim. Acostumei-me a não ser feliz. Estou satisfeito com a situação, ou talvez, apenas conformado. E dentre as flores murchas e secas, surge o mais belo lírio. É estranho como aquela tão bela flor sorri em tantas outras flores mortas. Será que sou digno dela? Aposto que deve ser uma flor morta disfarçada, como são perversas as mentes das flores. Eu não devo me apegar, aposto que quando eu a cheirar tudo vai se desmanchar. Mas ela é tão linda. talvez valha a pena um ou dois dias de lágrimas por um ou dois minutos de amor. És tudo que sempre quis, tudo que sempre idealizei. Promete que és real, e que vais estar aqui quando eu acordar. Promete pra mim que me farás feliz, pois sabe, eu acostumei-me a não ser feliz.

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